Posts com Tag ‘metas’

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1. O aniversário talvez seja o rito de passagem mais importante, ou pelo menos um dos mais celebrado, entre os homens. É quando se fecha um ciclo e inicia outro, é o renascimento pessoal para os mais existenciais, quando o Sol volta para a posição zodiacal do seu nascimento. Uma comemoração para uns ou somente repetição do dia e mês que alguém nasceu. Para mim simboliza a continuação de um processo, porém com algumas “resignificações”.

2. Depois de um inferno astral que comeu no centro, cheio de suas ansiedade, estresses e medos, descobri que tenho pavor a pessoas sem cultura, cultura da vida, que vivem inertes, que não percebem o fluxo do universo. Tenho medo de me contaminar por elas. Para pessoas sem VIDA é muito válido trocar uma identidade por uma imagem.

3. Não quero que minhas metas pessoais em algum momento virem um pesadelo pois parecem impossível. Como realizar tudo que me dar prazer e minhas obrigações numa medida equilibrada? Viver de “coçar e cheirar” nunca foi a minha, a independência me fascina – ainda mais depois de saborear a cada dia um pedacinho dela. Mas nessa vida insana tirar tempo para o seu EU torna-se extremamente complicado. Não tenho nenhum problema em ficar velha, a questão é que são muitas expectativas e sonhos para pouca vida.

4. Ainda mais para mim que quero mutação, transformação, voar, ser uma excelente profissional, que quero terminar meu curso de jornalismo com a América latina (e viajar por ela), que fui sertão e hoje sou mar, que alterno entre o amargo e doce, que quero muito mais das pessoas além dos recados no Orkut, que quero muito mais para mim do que Salvador pode dar, eu que quero escrever um livro, que quero me tornar um livro interminável.

5. Infelizmente vivemos numa cidade onde as folhas não caem das árvores, nem formam tapetes vermelhos no chão. Mas, mesmo assim…

Aproveitem o outono.

Vida louca Vida

Publicado: junho 24, 2008 em Comportamento
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Lorena Souza

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras haviam sido roubadas. (…) Assim me tornei um louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha própria loucura. A liberdade da solitude e a segurança de não ser compreendido. Pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós”. Khalil M. Gibran

Todas as metas atuais são sintomas de uma sociedade que se tornou esquizofrênica. As regras são simples para ser um individuo em um mundo cada vez menos humanizado: carro importado, celular do ano, roupas da moda, bom salário, relacionamentos vulneráveis e (talvez a mais importante das regras) ter o feeling de saber quando jogar tudo isso fora e renovar com as novas necessidades (im)postas. Não conseguiu nada disso?! Vá à primeira livraria que encontrar e procure livros como “Torne-se um profissional de sucesso”, “O segredo de um conta milionária” ou “O que toda pessoa burra deve saber para se tornar uma pessoa inteligente”.

A loucura ao longo do tempo foi conceituada por comportamentos que não eram considerados normais pela sociedade. Agora, o mundo compartilha a mesma loucura e os normais (inclusive seu namorado (a) que prefere pensar no conforto da casa própria ou aquele amigo que ainda te manda carta no dia dos amigos) vivem uma vida complicada e desconfortável de pessoas… normais.