1. O aniversário talvez seja o rito de passagem mais importante, ou pelo menos um dos mais celebrado, entre os homens. É quando se fecha um ciclo e inicia outro, é o renascimento pessoal para os mais existenciais, quando o Sol volta para a posição zodiacal do seu nascimento. Uma comemoração para uns ou somente repetição do dia e mês que alguém nasceu. Para mim simboliza a continuação de um processo, porém com algumas “resignificações”.
2. Depois de um inferno astral que comeu no centro, cheio de suas ansiedade, estresses e medos, descobri que tenho pavor a pessoas sem cultura, cultura da vida, que vivem inertes, que não percebem o fluxo do universo. Tenho medo de me contaminar por elas. Para pessoas sem VIDA é muito válido trocar uma identidade por uma imagem.
3. Não quero que minhas metas pessoais em algum momento virem um pesadelo pois parecem impossível. Como realizar tudo que me dar prazer e minhas obrigações numa medida equilibrada? Viver de “coçar e cheirar” nunca foi a minha, a independência me fascina – ainda mais depois de saborear a cada dia um pedacinho dela. Mas nessa vida insana tirar tempo para o seu EU torna-se extremamente complicado. Não tenho nenhum problema em ficar velha, a questão é que são muitas expectativas e sonhos para pouca vida.
4. Ainda mais para mim que quero mutação, transformação, voar, ser uma excelente profissional, que quero terminar meu curso de jornalismo com a América latina (e viajar por ela), que fui sertão e hoje sou mar, que alterno entre o amargo e doce, que quero muito mais das pessoas além dos recados no Orkut, que quero muito mais para mim do que Salvador pode dar, eu que quero escrever um livro, que quero me tornar um livro interminável.
5. Infelizmente vivemos numa cidade onde as folhas não caem das árvores, nem formam tapetes vermelhos no chão. Mas, mesmo assim…
Aproveitem o outono.